Informação sobre esquizofrenia, causas, sintomas e tratamento da esquizofrenia, identificando o diagnóstico de esquizofrenia paranóide, desorganizada, catatônica, indiferenciada e residual, com dicas para uma melhor qualidade de vida.


Critérios diagnósticos de esquizofrenia

A - Sintomas característicos: Dois (ou mais) dos seguintes, cada qual presente por uma porção significativa de tempo durante o período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso):
  • delírios
  • alucinações
  • discurso desorganizado (por ex. frequente descarrilamento ou incoerência)
  • comportamento amplamente desorganizado ou catatônico
  • sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou avolição
Nota: Apenas um sintoma do Critério A é necessário se os delírios forem bizarros ou as alucinações consistirem de vozes que comentam o  comportamento da pessoa, ou duas ou mais vozes conversando entre si.

B - Disfunção Social/ocupacional: Por uma porção significativa do tempo desde o início da perturbação, uma ou mais áreas importantes do funcionamento, tais como trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, estão acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou, quando o início dá-se na infância ou adolescência, fracasso em atingir o nível esperado de aquisição interpessoal, acadêmico ou ocupacional).

C - Duração: Sinais contínuos da perturbação que persistem por pelo menos 6 meses.
Este período de 6 meses deve incluir pelo menos 1 mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que satisfazem o critério A (isto é, sintomas da fase ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no Critério A presentes de uma forma atenuada (por ex. crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns).

D - Exclusão de Transtorno Esquizoafetivo e Transtorno do Humor: O Transtorno Esquizoafetivo e o Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos foram descartados, porque nenhum Episódio Depressivo Maior, Maníaco ou Misto ocorreu concomitantemente aos sintomas da fase ativa: ou se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, a sua duração total foi breve relativamente à duração dos períodos ativos e residuais.

E - Exclusão de substância/condição médica geral: A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex. uma droga de abuso, um medicamento) ou uma condição médica geral

F - Relação com um Transtorno Invasivo de Desenvolvimento: Se existe uma história de Transtorno Autista ou um outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, o diagnóstico adicional de Esquizofrenia é feito apenas se os delírios ou alucinações proeminentes também estiverem presentes por pelo menos 1 mês (ou menos, se tratados com sucesso)


A esquizofrenia é uma doença cerebral crônica, grave e incapacitante. Cerca de 1 por cento da população desenvolve esquizofrenia durante a sua vida. Embora a esquizofrenia afete homens e mulheres com igual frequência, muitas vezes, a doença aparece mais cedo nos homens (geralmente no final da adolescência ou por volta dos vinte anos) do que em mulheres, que são geralmente afetadas depois dos vinte anos e acima de trinta e poucos anos. Pessoas com esquizofrenia sofrem frequentemente sintomas aterrorizantes como ouvir vozes internas não ouvidas por outros, ou acreditam que outras pessoas estão lendo as suas mentes, controlando seus pensamentos ou conspirando para as prejudicar. Estes sintomas podem deixá-las com medo, levando-as ao isolamento. A sua fala e comportamento podem ser tão desorganizados que pode ser incompreensível ou assustador para os outros. Os tratamentos disponíveis podem aliviar muitos sintomas, mas a maioria das pessoas com esquizofrenia continua a sofrer alguns sintomas ao longo da vida; estimando-se que não mais de uma em cada cinco pessoas recuperam completamente.