A avaliação baseia-se, de modo geral, em anamnese e exames físico, neurológico e do estado mental. Avaliações complementares são úteis para investigação diagnóstica, planejamento e monitoramento da terapêutica.
São essenciais os dados sobre início, progressão e características dos sintomas, desenvolvimento neuropsicológico e cognitivo, ambiente familiar, adaptação psicossocial e eventos estressores recentes, além de patologias clínicas e neurológicas, uso de drogas ou medicações que possam causar sintomas psicóticos. É importante investigar complicações ocorridas durante gestação e parto, causadores de hipóxia ou dano cerebral.
Alguns autores descrevem um tipo de personalidade “pré-psicótica” em crianças muito obedientes, passivas e tímidas, e em adolescentes introvertidos e desinteressados em atividades sociais, relacionamentos de amizade ou envolvimentos íntimos.
Alguns aspectos que interferem na apresentação dos sintomas e na avaliação pelo profissional são:
- idade;
- capacidade de expressão verbal; (técnicas que permitem ampliar as formas de expressão são bastante úteis na avaliação: desenho, pintura, jogos ou brinquedos)
- compreensão dos conceitos;
- discernimento entre o real e o imaginário;
- quociente de inteligência;
- escolaridade;
- grau de sugestionabilidade;
- contexto sociocultural. (Regras sociais de comportamento e expressão afetiva sofrem variação cultural. Experiências alucinatórias e delirantes são aceitas como normais em certas culturas e religiões.)